domingo, 17 de agosto de 2008

AGRESSIVIDADE E RAIVA


Por que perdemos a paciência?
Por que ficamos com raiva?
Essas atitudes têm relação com o mau-humor?

Recentemente assisti a um debate na TV sobre o assunto e essas questões ficaram em minha cabeça.
A medicina nos ensina que as pessoas que se descontrolam e cometem atos agressivos causam danos a si próprios e também às outras pessoas.
O mau-humor é ruim para a saúde e é uma atitude anti-social.
Quando ficamos com raiva, a pressão sobe porque os vasos sangüíneos se contraem e a pessoa pode até sofrer enfarte ou AVC (Acidente Vascular Cerebral).

As pessoas mal-humoradas possuem uma tez pouco atraente, vincos ao lado da boca, olhos fundos e pouco brilhantes.
Tenho certeza que nós todos conhecemos pessoas assim.
Algumas são mal-humoradas por natureza, outras simplesmente o são num determinado momento, de forma circunstancial.
As pessoas que ‘se queixam da vida’ costumam contrair tanto os músculos
que podem sofrer de dores musculares, fibromialgia e até estiramentos,
entorses e quedas.
Eu não estou falando de pessoas que parecem tristes,
que têm a aparência séria e reservada,
mas daquelas pessoas que, na mínima contrariedade,
agem agressivamente, respondem com quatro pedras na mão.
Elas ficam contrariadas e demonstram seu mau-humor com raiva.

Porque elas agem assim?

Ou melhor, deveria dizer, porque agimos assim
(já que todos estamos sujeitos a essas raivas momentâneas)?
Parece-me claro que existe uma predisposição genética para isso,
mas o ambiente no qual somos criados também influi nessa atitude.
Pais mal-humorados criam filhos mal-humorados!
Pais agressivos criam filhos agressivos.
Uma família onde não reina a harmonia e o amor não consegue criar filhos amorosos e carinhosos.

É verdade que a agressividade é um traço do caráter e ela é salutar,
já que serve para nos preservar de uma agressão.
Um pouco de agressividade nos prepara para enfrentarmos
e superarmos as dificuldades da vida.
Ela serve para preservar a própria vida.
Na natureza existem o agressor e o agredido:
este último pode reagir e revidar
ou fugir para se salvar da agressão!



Nós, seres humanos pensantes, temos mecanismos de controle
que aprendemos a usar (mais ou menos adequadamente),
mas que muitas vezes não conseguimos ativar a tempo.

Por essas razões temos acessos de raiva descontrolados!

Os fatores externos, sejam eles agressões ou frustrações,
são em sua maioria os gatilhos para nosso descontrole.
Todos nós temos esses mecanismos de controle e eles fazem parte de nosso aprendizado e de nossa cultura.
Podemos constatar que atos que para nós podem parecer agressivos
parecem ser normais para outros povos, por exemplo.

Aceitar o fato que nós todos temos limites e que podemos perder o controle
sob estresse extremo, é um passo importante
para a compreensão de nossa maneira de agir.

Dou um exemplo que vi reprisado na TV essa semana:
como se explica que uma pessoa possa sair do seu carro e agredir com uma barra de ferro um pai de família diante de seus filhos,
somente porque este reclamou do fato do carro ter desrespeitado a passagem de pedestre?
Mesmo que a reclamação tivesse sido veemente,
ela deveria acarretar tamanho descontrole?
O que foi que não funcionou no ‘mecanismo de controle’ do agressor?
Fatores sociais? Frustrações pessoais? Drogas? Bebida?
Ou simplesmente o seu DNA que o criou com um caráter agressivo?
Ele é um ser agressivo sempre ou somente quando perde o controle?
Quando vemos esses agressores após serem presos, os vemos cabisbaixos, controlados, tranqüilos, cheios de desculpas!

Então o que gerou o descontrole?

A meu ver o fator estresse deve realmente ser considerado neste comportamento agressivo.
Ele governa o influxo nervoso e os nervos, e gera movimentos involuntários
(como os tiques nervosos), espasmos, câimbras, torções e rupturas de ligamentos, de nervos e de órgãos.
Gera tensões e irritações de todo tipo e causa descontrole.
O comportamento humano, sob sua ação, torna-se descontrolado, excêntrico, rebelde, desequilibrado, violento e explosivo.
As famosas ‘crises nervosas’ são certamente sua ação!
A raiva e a agressividade podem ser canalizadas favoravelmente
com práticas esportivas e exercícios de relaxamento corporal e respiratório.

Como conclusão sobre minha reflexão dessa semana, gostaria que fizéssemos uma analise de nosso comportamento nos perguntando:

por que eu fico com raiva?
O que me frustra?
Minhas frustrações justificam a minha agressividade?
Posso controlar essa agressividade de maneira que não cause dano aos outros?
E que não cause danos a mim mesmo?
Como canalizar positivamente minha agressividade?

Sabemos que as frustrações e suas reações são causas de desequilíbrio energético e conseqüentemente de nossas doenças, portanto, se quisermos ter uma vida saudável e harmoniosa, devemos procurar - antes de mais nada -
compreendê-las, aceitando aquelas coisas que não podemos mudar e adaptar nossas ações e reações para enfrentá-las com equilíbrio.

Mesmo quando nos parece impossível,
devemos agradecer a oportunidade que Deus nos oferece para evoluirmos espiritualmente. Conectados com a Luz nos sentiremos mais felizes
e enfrentaremos as dificuldades com mais equilíbrio e harmonia.

O que buscamos não está fora de nós, mas dentro de nós.



Não existem leis universais que permitam que uma pessoa maltrate outra pessoa
por causa de seu ego ferido, por causa de sua frustração.

Portanto, como ensinou Jesus, ame o próximo como a si mesmo!
Não faça a outro o que não quer que façam a si mesmo.

Pense nisso, e hoje e sempre,

demonstre amor, respeito e consideração por outro ser humano,

mesmo quando isso lhe parecer impossível!




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