Quando meu primo Zé era menino,
a moçada costumava caçar aranhas e cobras e mandar para o Instituto Butantã,
que pagava um bom dinheirinho.
Lá na Fazenda Santa Cruz, em Pirajú, O Zé vivia "caçando".
Um dia, conseguiu pegar uma aranhona peluda, daquelas baitelas mesmo
e ficou todo feliz, pensando quanto iria conseguir por ela:
talvez pudesse até comprar aquele chapelão que cobiçava tanto...
Colocou a aranha dentro de um vidro, fez um furinhos na tampa
pra que ela pudesse respirar, colocou uma paininha úmida no fundo
e amarrou o vidro atrás da sela do cavalo para levar para o Correio.
Tudo preparado para a grande viagem da aranha!.
E lá foi ele a galope para a cidade, distante de uns onze quilômetros.
Só pensando no que poderia comprar com a recompensa pelo envio da aranha.
Quando chegou no Correio, cadê a aranha?
O vidro estava lá,será que ela tinha fugido pelos furinhos?
Mas eram tão pequenininhos...
Não, ela estava lá, sim.
O fundo do frasco, cheio de pelos e uma aranhazinha magrinha,
de perninhas tão fininhas que até fazia pena!
O galope desenfreado pela estrada de terra
tinha feito cair todos os pelos da aranha, coitado do Zé.
(que desse dia em diante ficou conhecido como Zé da Aranha, he he he)
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